Lucas Galdino
53571 Views

Como a pornografia muda seu cérebro?

Por onde anda o dinheiro?

#Prefeito
#Vereador
#CatalismoMonetário
#PósMaximismo
#EconomiaSocial
#MoedaComunitária
#LiberdadeFinanceira
#CBDCdeVarejo
#DREXcidadão
#DeMente
#HumTrilhãoDeJurosAnuais
#PerdaDaSoberaniaNacional
#ArquivamentoEPrescriçãoJurídica
#TetraSolutions
#QuartoPoder
#HomenSocial
#HomoEconomicus
#EmergênciaClimática
#CloutLikesProfit



N
ão é novidade para ninguém que o consumo de material sexual só tem aumentado nos últimos anos. Isso pode ser devido ao aumento do acesso às tecnologias e à internet. No Brasil, cerca de 22 milhões de pessoas assumem consumir pornografia, sendo que 76% destes são homens [1]. Por outro lado, ao passo que o consumo de material pornográfico cresce, o número de pesquisas que mostram disfunções cerebrais causadas pelo vício neste tipo de material também tem crescido.  
 
Um dos artigos que mostra os efeitos de material adulto no cérebro foi publicado em 2015 na revista científica Biological Psychology [2]. Os pesquisadores recrutaram um total de 122 voluntários que, após, responderem um questionário, foram divididos em grupos de acordo com o nível de vício em pornografia. Foram formados então o grupo de voluntários sem problemas causados pela pornografia, e um segundo grupo de voluntários classificados como “hipersexuais”, que consumiam aproximadamente 4 horas de conteúdo adulto por semana. 
 
Após o agrupamento, todos os voluntários passaram por uma bateria de avaliação da atividade cerebral com o eletroencefalografia. Durante o registro da atividade cerebral os voluntários viam imagens de quatro estilos: desagradáveis, agradáveis não sexuais, sexuais e neutras. Como a atividade elétrica do cérebro dos voluntários estava sendo registrada durante a visualização de um banco de imagens das quatro classes citadas anteriormente, os cientistas mediram uma atividade cerebral específica chamada de Potencial Positivo Tardio (Late Positive Potential). 
 
Na figura abaixo, podemos observar o potencial de positividade tardio para uma pessoa que não possui problemas com pornografia, mostrando um aumento na positividade tardia (quadrado em vermelho) durante a visualização de imagens sexuais. É importante notar que o Potencial Positivo Tardio mensura os níveis de resposta emocional, e portanto, revela como está a capacidade de um indivíduo responder a algum estímulo emocional. Os resultados observados no grupo de voluntários com vício em pornografia são impressionantes e serão mostrados abaixo. 


 
Os resultados do estudo mostram que os voluntários viciados em pornografia exibiram uma menor Potencial Positivo Tardio, mostrando que a exposição contínua que gera vícios pode levar a uma redução na capacidade destes sujeitos em responder a estímulos emocionais. Além da redução no Potencial Positivo Tardio, os resultados mostram que a resposta emocional à pornografia foi simular as demais imagens no grupo de viciados.  É como se o cérebro não discriminasse mais o que é pornográfico ou não, já que exibe a mesma resposta. Agora você pode se perguntar, se a pornografia é considerada um vício, tal redução também é observada em outros vícios? A resposta que os pesquisadores mostram é negativa, uma vez que a resposta do Potencial Positivo Tardio diminuída é inconsistente com outros modelos de vício, como o abuso de drogas ilícitas ou álcool, por exemplo. 
 
Abaixo é ilustrado a resposta do Potencial Positivo Tardio entre os grupos e um vídeo educativo sobre o assunto. 
 





BLOG BrainLatam Highlight - BLOG BrainLatam Lo más destacado de este Instante
- Culture development, Behavior, perception and Latin American Consciousness in First Person

 
Referências: 

[1] -  https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/22-milhoes-de-brasileiros-assumem-consumir-pornografia-e-76-sao-homens-diz-pesquisa.ghtml

[2] - Prause, N., Steele, V. R., Staley, C., Sabatinelli, D., & Hajcak, G. (2015). Modulation of late positive potentials by sexual images in problem users and controls inconsistent with “porn addiction”. Biological psychology, 109, 192-199.
 
https://www.youtube.com/embed/e2mhQf8RjQs



A complexidade e os avanços da neurociência

Abaixo Temas relacionados mais visitados:

Embriologia: como o sistema nervoso se desenvolve? 

Homúnculo: Como os trabalhos de Penfield contribuíram para a neurociência 

Mito ou Verdade: Usamos apenas 10% da capacidade do nosso cérebro?  

A brief introduction to EEG and the types of electrodes 

O Cérebro e seu Sistema de Recompensa 

Todos os Autistas são Gênios?  

Como a pornografia muda seu cérebro? 

Lei do Tudo ou Nada: Como ocorre o disparo do impulso elétrico no neurônio

Neuroplasticidade: Como o cérebro se adapta à situações adversas?

O que falam os ritmos cerebrais 

Como se comunicam os neurônios? 

Controle Motor: Como o Corpo se Move 

A aprendizagem motora humana 

Como acontece o processamento da linguagem? 

EEG e TDAH, quais alterações? 

Transtorno dissociativo de identidade: a neurociência por trás do filme fragmentado 

Laboratorios: Su origen y reglamentación 

Por que flashes de luz podem induzir convulsões? 

Neocórtex: a parte que nos torna humanos 

What are the differences among EEG, MRI and fMRI? 

Porque algumas pessoas são mais ativas à noite? 

ESTADO? GOVERNO? Há diferença? 

Estrategias para Mejorar la Memoria 

Os limites entre o normal e o patológico 

Por que não temos uma representação feminina do homúnculo de Wield Penfield?  

Migraña con Aura: EEG y depresión cortical propagada (CSD)

O cérebro não sente dor! 

Cães salivando, cientistas russos e aprendizagem 

Modulação sináptica: entendendo os mecanismos por trás do controle sináptico 

Microglia e a fagocitose de bainhas de mielina 



#eegmicrostates #neurogliainteractions #eegmicrostates #eegnirsapplications #physiologyandbehavior #neurophilosophy #translationalneuroscience #bienestarwellnessbemestar #neuropolitics #sentienceconsciousness #metacognitionmindsetpremeditation #culturalneuroscience #agingmaturityinnocence #affectivecomputing #languageprocessing #humanking #fruición #wellbeing #neurophilosophy #neurorights #neuropolitics #neuroeconomics #neuromarketing #translationalneuroscience #religare #physiologyandbehavior #skill-implicit-learning #semiotics #encodingofwords #metacognitionmindsetpremeditation #affectivecomputing #meaning #semioticsofaction #mineraçãodedados #soberanianational #mercenáriosdamonetização
Author image

Jackson Cionek

New perspectives in translational control: from neurodegenerative diseases to glioblastoma | Brain States