Livia Nascimento Rabelo
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O cérebro autista têm mais ou menos neurônios?
Em uma resposta mais rápida poderíamos apostar que o cérebro de crianças com autismo condição possui menos neurônios, e que por isso que muitas das suas atividades são prejudicadas, mas, na prática vemos uma coisa bem diferente. Vamos então conhecer um pouco sobre esse cérebro?
Estudos envolvendo o cérebro de crianças com o transtorno do espectro autista (TEA) mostram que o cérebro de crianças com essa condição geralmente apresenta maior volume, um aumento na circunferência da cabeça, um aumento da área ou espessura de superfície cortical quando comparado ao cérebro de crianças com desenvolvimento típico, apresentando, dessa forma, um crescimento cerebral precocemente exacerbado e disfunção cerebral. Entretanto, as bases para o aumento e disfunção do cérebro dessas crianças permanecem ainda especulativas.
Entretanto, estudos consolidados na literatura demonstra que esse crescimento cerebral aconteceria até a primeira infância, geralmente com pico entre 2 a 3 anos de idade, acompanhando de um crescimento mais lento, ou interrompido, e entre a adolescência e a vida adulta passaria por um declínio como mostra a foto abaixo.
Entretanto, estudos consolidados na literatura demonstra que esse crescimento cerebral aconteceria até a primeira infância, geralmente com pico entre 2 a 3 anos de idade, acompanhando de um crescimento mais lento, ou interrompido, e entre a adolescência e a vida adulta passaria por um declínio como mostra a foto abaixo.
E algo mais interessante ainda é que pesquisadores perceberam que esse aumento no volume cerebral de crianças com TEA na infância também veem acompanhando de uma superabundância neuronal. Em um estudo envolvendo o córtex pré-frontal (PF) perceberam um aumento de 86% de neurônios em crianças com essa condição no PF. Essa abundância de neurônios não é distribuída uniformemente no córtex pré-frontal. Esses autores descreveram que o excesso de neurônios se dá em 79% no PFDL e em 29% no córtex pré-frontal medial. E por essa área (PF) ser uma área de processamento superior, essa pode ser uma das chaves para o Autismo. Pois, esse aumento neuronal faz com que eles migrem, e sinalizem desorganizadamente.
Mesmo ainda precoce, achados como esse sugerem avanços importantes em estudos envolvendo o TEA, que embora envolva muitos fenótipos clínicos e neurais, essa foi uma característica partilhada por quase todos os sujeitos da pesquisa.
REFERÊNCIAS
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