Jackson Cionek
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Memórias Emocionais Pressão Visceral Respiração Contida e Produtividade - 478

Memórias Emocionais Pressão Visceral Respiração Contida e Produtividade - 478

1. Memórias emocionais e pressão visceral:

  Referências e mecanismos:

- Antonio Damasio (neurociência):  

  Damasio propõe que as emoções são processadas no corpo antes de chegarem à consciência, através de interocepção (percepção de estados internos, como batimentos cardíacos, tensão visceral).  

  - "Pressão visceral" surge da ativação do sistema nervoso simpático (luta/fuga), que contrai músculos lisos de órgãos internos, gerando sensações como "nó no estômago" ou aperto no peito.  

  - Fonte Damasio, A. R. (1999). The Feeling of What Happens: Body and Emotion in the Making of Consciousness.  


- Estresse e alterações fisiológicas no trato gastrointestinal:  

  - O estresse crônico altera o pH estomacal (aumenta acidez) devido à liberação de cortisol e noradrenalina, que estimulam a produção de ácido gástrico.  

  - Fonte: Taché, Y. (2016). Stress and the Gut: Pathophysiology, Clinical Consequences, Diagnostic Approach and Treatment Options.  


- Conexão entre emoções e tensão visceral:  

  A supressão emocional ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), aumentando a contração muscular involuntária em órgãos (ex.: intestino, estômago), o que pode gerar dor ou desconforto.  

  - Fonte: Mayer, E. A. (2011). Gut feelings: the emerging biology of gut–brain communication.


 2. Respiração contida e produtividade:

  Papel da respiração no equilíbrio autonômico:

- Sistema nervoso autônomo (SNA):  

  A respiração é uma das únicas funções autonômicas que podemos controlar voluntariamente.  

  - Respiração rápida/superficial: Ativa o sistema simpático (alerta, estresse).  

  - Respiração lenta/profunda: Ativa o sistema parassimpático (relaxamento, digestão).  


- Efeitos da respiração contida:  

  - Prender a respiração (apneia voluntária) eleva CO₂ no sangue (hipercapnia), o que estimula o sistema simpático, aumentando foco momentâneo (útil em situações de alta demanda).  

  - Porém, em excesso, reduz SpO₂ (saturação de oxigênio), prejudicando cognição e desempenho.  

  - Fonte: Jerath, R. (2015). Physiology of long pranayamic breathing: Neural respiratory elements may provide a mechanism that explains how slow deep breathing shifts the autonomic nervous system.


  Otimização para alta performance:

- Equilíbrio simpático-parassimpático:  

  Técnicas como coerência cardíaca (6 respirações/min) sincronizam coração, cérebro e pulmões, melhorando foco e resiliência ao estresse.  

  - Fonte: Lehrer, P. M. (2020). Heart Rate Variability Biofeedback: How and Why Does It Work?.  


- Exemplo prático:  

  Atletas de elite usam respiração diafragmática para manter SpO₂ estável e equilíbrio autonômico durante competições.  

  - Fonte: Brown, R. P. (2012). Sudarshan Kriya Yogic Breathing in the Treatment of Stress, Anxiety, and Depression: Part I—Neurophysiologic Model.


 3. Pressão visceral e mudanças no pH:

  Mecanismos bioquímicos:

- Estresse e pH gastrointestinal:  

  - O cortisol (hormônio do estresse) aumenta a produção de ácido clorídrico (HCl) no estômago, reduzindo o pH (mais ácido).  

  - Isso pode levar a gastrite, úlceras ou refluxo.  

  - Fonte: Konturek, P. C. (2011). Stress and the gut: pathophysiology, clinical consequences, diagnostic approach and treatment options.  


-  Pressão visceral x pH:  

  A pressão mecânica (ex.: contração muscular por estresse) não altera diretamente o pH, mas o estresse crônico desregula processos bioquímicos que o fazem.  


  4. Conclusão Integrada: Respiração como Ferramenta Funcional

A respiração contida durante o dia não visa apenas manter SpO₂, mas regular o SNA para:  

1. Ativar o simpático em curtos picos (ex.: resolver uma crise);  

2. Restaurar o parassimpático após a demanda (ex.: respiração profunda pós-reunião).  


  Ciclo ideal para expertise:  

- Dia: Uso estratégico de micro-pausas respiratórias (4-7-8: inspirar 4s, prender 7s, expirar 8s) para equilibrar SNA.  

- Noite: Respiração diafragmática (6 ciclos/min) para ativar parassimpático e facilitar o sono.  


  Referência-chave:  

- Russo, M. A. (2017). The physiological effects of slow breathing in the healthy human.  


Resumo Científico**:  

- Pressão visceral - emoções suprimidas (Damasio, Mayer);  

- Respiração contida - hipercapnia/simpático (Jerath, Lehrer);  

- Equilíbrio SNA - alta performance (estudos com atletas e coerência cardíaca).  


A chave não é "prender a respiração", mas usar padrões respiratórios conscientes para modular estados fisiológicos e manter o corpo como ferramenta de expertise sem perder o Ser.

 
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Jackson Cionek

New perspectives in translational control: from neurodegenerative diseases to glioblastoma | Brain States