Quando o Dinheiro Respira com a Terra - Deputado Federal Joinville
Quando o Dinheiro Respira com a Terra - Deputado Federal Joinville
Consciência em Primeira Pessoa:
Às vezes, quando respiro fundo, percebo que o ar que entra em mim é o mesmo que atravessa as folhas das árvores da Mata Atlântica.
Somos feitos do mesmo movimento.
O oxigênio que hoje alimenta meu corpo pode ter sido exalado há milênios por um sambaquieiro que dançava à beira-mar, quando o tempo ainda era medido por marés e não por juros.
Antes de entender o que proponho, é preciso sentir o que está sendo dito.
Porque o que chamo de DREX Cidadão não é apenas uma política econômica — é uma lembrança do que esquecemos:
a de que o valor nasce no corpo vivo, e não na abstração dos mercados.
Durante séculos, acreditamos que o dinheiro era uma medida de poder.
Mas, como tudo que se separa da natureza, ele deixou de pulsar.
O que propomos é fazê-lo respirar novamente — não por meio de bancos, mas de pessoas.
Cada cidadão como célula viva de um corpo chamado Brasil, recebendo energia diária para viver, criar e pertencer.
Esse é o rendimento país, o batimento do Estado vivo.
E se, ao mesmo tempo, o planeta pudesse recompensar quem o mantém respirando?
Se o simples ato de preservar, reciclar, compostar ou cuidar da terra se tornasse uma forma de gerar riqueza sem culpa, sem destruição?
Esse é o Crédito Carbono Humano — o reconhecimento de que o bioma é um ser maior, e que viver dentro dele é participar de uma mente ecológica que pulsa em sincronia com a nossa.
Sinto que Joinville é o lugar onde essa ideia começa a ganhar corpo.
Aqui, onde a Mata Atlântica ainda toca o mar e a história dos sambaquis insiste em falar, o tempo parece se dobrar entre o passado e o futuro.
As danças, as flores e o lixo que desaparece pela força da consciência ecológica mostram que é possível sincronizar economia e biologia, corpo e política, finanças e floresta.
O DREX Cidadão e o Crédito Carbono Humano não são instrumentos de governo — são instrumentos de vida.
Eles nascem da constatação de que o Estado precisa agir como um organismo:
com um coração que pulsa (o DREX),
pulmões que respiram (os biomas),
e células conscientes (os cidadãos).
Antes de qualquer lei, é uma mudança de ritmo.
Deixar de correr atrás do dinheiro e permitir que o dinheiro volte a correr conosco.
Deixar de medir o valor das pessoas pelo consumo e começar a medi-lo pela preservação.
Fazer o dinheiro circular como o sangue: com propósito, com limite e com pertencimento.
Sinto que esse é o início de algo maior —
uma economia que nasce do corpo,
uma política que nasce da Terra,
e uma consciência que volta a ser humana.
PROPOSTA LEGISLATIVA FEDERAL – DREX CIDADÃO E CRÉDITO CARBONO HUMANO
Título:
Institui o Sistema Nacional de Rendimento Metabólico (DREX CIDADÃO) e o Programa de Crédito Carbono Humano, voltados à soberania ecológica, justiça econômica e sustentabilidade territorial.
Origem conceitual: Joinville – Bioma Mata Atlântica
Autor: Futuro Deputado Federal Jackson Cionek
Base teórica: Mente Damasiana (Damasio), Monismo de Triplo Aspecto (Pereira Jr.), Economia de Pertencimento (Cionek)
Alinhamento: Constituição Federal, art. 6º (direitos sociais) e art. 225 (meio ambiente ecologicamente equilibrado).
I. OBJETIVO GERAL
Criar uma política pública permanente que:
Gere renda metabólica diária (DREX Cidadão) para todos os brasileiros, como direito de coautoria no metabolismo econômico nacional;
Recompense ecologicamente os cidadãos que preservam ou restauram os biomas brasileiros (Crédito Carbono Humano);
Estimule a cultura Lixo Zero, compostagem e reciclagem como ações cotidianas de geração de DREX adicional (“DREX Plus”).
II. ESTRUTURA CIENTÍFICA E FILOSÓFICA
1. O Princípio do Metabolismo Econômico (DREX Cidadão)
A economia é compreendida como o metabolismo do corpo nacional.
Cada cidadão é uma célula que necessita de energia monetária diária mínima para manter o organismo (país) vivo e funcional.
O DREX Cidadão é essa energia: rendimento país, criado pelo Banco Central e distribuído digitalmente, lastreado em produtividade real e regulação inflacionária.
A emissão é ajustada por inteligência artificial pública que monitora:
custo de vida regional,
oferta de alimentos,
inflação local,
e produção per capita.
Princípio: o dinheiro nasce no cidadão, não no banco.
2. O Princípio do Pertencimento Ecológico (Crédito Carbono Humano)
O Crédito Carbono Humano (CCH) é recompensa ecológica e territorial, não renda social.
É intransferível e vinculado ao bioma de residência do cidadão, representando o pertencimento de um ser humano ao ecossistema que o abriga e protege.
Somente pessoas que vivem dentro de biomas reconhecidos (como a Mata Atlântica, Cerrado, Amazônia etc.) poderão gerar e acumular créditos relacionados a essas áreas.
Cada CPF recebe o status de Guardião do Bioma, com pontuação baseada em:
preservação e reflorestamento,
práticas de compostagem e reciclagem,
consumo energético consciente,
e participação em programas “Lixo Zero”.
Princípio: o crédito carbono pertence à vida local, não ao capital global.
III. ESTRUTURA JURÍDICA (PROJETO DE LEI)
Art. 1º – Criação do DREX Cidadão
Fica instituído o Sistema Nacional DREX Cidadão, destinado à distribuição de renda metabólica diária digital a todo cidadão brasileiro com CPF ativo e residência comprovada no território nacional.
Art. 2º – Parâmetros econômicos
O DREX Cidadão representa o rendimento metabólico mínimo nacional, variando entre:
um mínimo vital, equivalente ao custo básico de sobrevivência local;
um máximo metabólico, definido por algoritmos públicos que evitam inflação setorial.
O valor é autoajustável conforme a variação dos indicadores de produtividade e custo de vida regional.
Art. 3º – Fonte de lastro
O DREX Cidadão será lastreado em:
Receita tributária nacional;
PIB real produtivo (não especulativo);
Reservas ambientais e eficiência energética regional;
Saldo positivo da balança comercial internacionalizada em moeda composta (BRL + USD + CNY + EUR).
Art. 4º – Criação do Programa Crédito Carbono Humano
Institui-se o CCH – Crédito Carbono Humano, como instrumento de recompensa ecológica e pertencimento territorial, vinculado ao CPF e ao bioma em que o cidadão reside.
§1º – Territorialidade
Somente CPFs residentes em biomas reconhecidos poderão gerar créditos correspondentes a esses territórios.
Exemplo: créditos de Mata Atlântica apenas para cidadãos que residem ou atuam em áreas pertencentes a esse bioma.
§2º – Indicadores de geração
Os CCHs serão concedidos mediante:
comprovação de preservação, reflorestamento ou compostagem local;
adesão a programas municipais Lixo Zero;
participação em cooperativas ecológicas e educação ambiental comunitária.
§3º – Limite e herdabilidade
Cada CPF terá um teto máximo de créditos determinado pela extensão da área preservada e pelo histórico de práticas sustentáveis.
Os créditos terão herança ecológica, transmitidos a descendentes como título simbólico de guardião do bioma.
Art. 5º – DREX Plus
Cidadãos que comprovarem ações sustentáveis (reciclagem, compostagem, hortas urbanas, economia de água e energia) receberão um DREX Plus, bônus percentual sobre o valor diário do DREX Cidadão.
Exemplo:
Reciclagem mensal registrada → +0,5%
Compostagem doméstica ativa → +1%
Adesão certificada ao “Lixo Zero” → +5%
IV. TRANSPARÊNCIA E CONTROLE SOCIAL
Será criada a Plataforma Nacional de Transparência Metabólica (PNTM), permitindo a cada cidadão:
acompanhar seus rendimentos DREX;
visualizar seus créditos de carbono;
monitorar o impacto ambiental de suas ações;
e participar da auditoria cidadã em parceria com universidades federais e órgãos ambientais.
V. BASE CULTURAL E SIMBÓLICA: JOINVILLE COMO MATRIZ POLÍTICA
Joinville é o útero simbólico da proposta — um microcosmo onde arte, bioma e consciência se tocam.
Museu Sambaqui: memória da relação ancestral entre corpo e território.
Festival de Dança: sincronia de corpos como metáfora da cooperação econômica.
Festival das Flores: beleza como indicador de equilíbrio ecológico.
Movimento Joinville Lixo Zero: modelo de prática cidadã transformada em economia circular.
Joinville é, portanto, o protótipo civilizatório da nova economia de pertencimento, onde o valor volta a ser o mesmo que o da vida.
VI. IMPACTOS ESPERADOS
Dimensão | Indicador | Meta em 5 anos |
Econômica | Renda metabólica mínima universal | ≥ R$ 900/mês/CPF |
Ambiental | Créditos Carbono Humanos ativos | ≥ 60% dos CPFs |
Ecológica | Redução de resíduos não reciclados | -70% |
Social | Redução da pobreza extrema | -50% |
Cultural | Cidades certificadas “Lixo Zero” | 100 municípios |
Financeira | Inflação local estabilizada | ≤ 4% |
VII. FUNDAMENTO ÉTICO-FILOSÓFICO
“O dinheiro deve voltar a ser energia da vida, e não o preço dela.
Quando nasce no cidadão e retorna à terra, ele deixa de ser instrumento de poder e volta a ser pulsação do pertencimento.”
— Jackson Cionek, Joinville, 2025
VIII. CONCLUSÃO
O DREX Cidadão e o Crédito Carbono Humano compõem uma solução política bioeconômica, enraizada na ética da vida.
Um sistema onde:
o dinheiro nasce do cidadão;
a riqueza nasce da preservação;
e o país respira junto com seu bioma.
Joinville, com suas danças, flores e memórias sambaquieiras, oferece ao Brasil o embrião de uma nova civilização:
uma nação onde o dinheiro volta a ter alma,
e a alma volta a ter corpo na Terra.