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Colonização e Diabetes Tipo 2 - Correlação ou Causalidade?

Colonização e Diabetes Tipo 2 - Correlação ou Causalidade? 

Muitos Rituais Ameríndios e Afrodescendentes trabalham dentro da Zona 2 e outros com inibição mTOR (jejum intermitente)


Diabetes Tipo 2 e Genocidio Cristão
Diabetes Tipo 2 e Genocidio Cristão

A repressão a esses rituais foi realizada por meio de leis, violência física, proselitismo religioso e marginalização social, buscando enfraquecer a identidade cultural e espiritual dos povos ameríndios e afrodescendentes. Apesar disso, muitas dessas práticas sobreviveram, frequentemente adaptadas ou escondidas, e continuam sendo uma expressão vital de resistência, pertencimento e espiritualidade.


Investigação Estatística é Necessária sobre a Correlação ou Causa da Colonização e a Diabetes tipo 2.

Para determinar uma relação causal, geralmente busca-se evidências que mostrem que:

Temporariedade: A causa ocorre antes do efeito.

Associação: Existe uma correlação consistente entre a causa e o efeito.

Isolamento: Outras possíveis causas são eliminadas, e mudanças no efeito ainda são observáveis quando a causa presumida é manipulada.


Atualmente, não há estudos estatísticos específicos que correlacionem diretamente a prática de rituais ameríndios ou afrodescendentes com a prevalência de diabetes tipo 2. No entanto, é reconhecido que atividades físicas regulares, como as presentes em muitos desses rituais, podem contribuir para a prevenção e controle do diabetes tipo 2.

No Brasil, a prevalência geral de diabetes mellitus é de aproximadamente 9,2% SCIELO SP

Entre as populações indígenas, essa prevalência varia significativamente, com estudos indicando taxas de 3,0% a 24,9%, dependendo do grupo e região INTERAÇÕES UCDB

Essas variações são frequentemente associadas a mudanças nos hábitos alimentares e níveis de atividade física, especialmente quando há uma transição de dietas tradicionais para dietas ocidentais industrializadas e uma redução nas atividades físicas tradicionais CPISP

Entre as populações afrodescendentes, há uma maior incidência de diabetes tipo 2 em comparação com outros grupos étnicos. Fatores como obesidade, sedentarismo e barreiras no acesso a cuidados de saúde contribuem para essa disparidade  CORREIO BRAZILIENSE

Embora não existam dados específicos sobre a relação entre a prática de rituais tradicionais e a prevalência de diabetes tipo 2, é plausível supor que a manutenção dessas práticas, que frequentemente envolvem atividade física moderada, possa ter um efeito protetor contra o desenvolvimento da doença. No entanto, são necessárias pesquisas adicionais para confirmar essa hipótese e entender melhor as possíveis associações.


Em pesquisa e ciência, estabelecer uma relação causal pode ser complexo e geralmente requer métodos rigorosos de pesquisa e análise para descartar outras explicações possíveis para um fenômeno observado.

Pelo menos 40 milhões de pessoas morreram como resultado da invasão européia nas Américas. Esse número é amplamente baseado na perda populacional devido a fatores como:

Doenças epidêmicas – varíola, gripe e sarampo devastaram populações indígenas sem imunidade.

Massacres e guerras – muitas comunidades foram diretamente dizimadas pela violência.

Fome e colapso social – a destruição de ecossistemas, modos de vida e culturas levou a mortes secundárias.


Estudos indicam que algumas áreas sofreram taxas de mortalidade de até 90%, principalmente durante o primeiro século de contato. Esses números são um marco trágico de genocídio histórico Cristão e mostram a gravidade do impacto da colonização europeia.


A Domesticação Cristã limitou ou proibiu grande parte das expressão cultural religiosa da população local, entre eles o que agora parecem ser grandes mitigadores da Diabetes Tipo 2. Em outros termos, os r
ituais religiosos foram limitados ou bloqueados pela GeoPolítica Cristã, dentre eles muitos poderiam estar atuando  dentro da Zona 2, ver características abaixo:
  • São sustentáveis em termos de intensidade, permitindo esforços prolongados sem exaustão.

  • Utilizam energia aeróbica predominante, com oxidação de gorduras como principal fonte energética.

  • Envolvem respiração controlada e movimentos constantes, o que é ideal para a manutenção da frequência cardíaca moderada.

  • Promovem benefícios metabólicos e mitocondriais, assim como treinamentos modernos na Zona 2.

Essas práticas não só trazem benefícios físicos, mas também integram dimensões espirituais, emocionais e culturais, enriquecendo a experiência e conectando o indivíduo com a comunidade e o ambiente.

Os de Treinamentos na Zona 2 (geralmente de intensidade moderada, entre 60-70% da frequência cardíaca máxima) são conhecidos por otimizar a função mitocondrial devido a uma série de adaptações fisiológicas específicas:

Rituais ameríndios e afrodescendentes que envolvem movimentos corporais rítmicos e sustentados, danças tradicionais e práticas de conexão com a natureza frequentemente podem ser considerados como atividades realizadas na Zona 2 de treinamento. Esses rituais são caracterizados por esforços físicos moderados, frequência cardíaca controlada e grande envolvimento espiritual e comunitário. Aqui estão alguns exemplos que se enquadram nesse contexto:

1. Danças Ritmadas Afrodescendentes

Capoeira (Brasil):

Embora possa incluir movimentos de alta intensidade, muitos jogos de capoeira, especialmente em rodas de ritmo mais lento, mantêm o praticante em uma intensidade aeróbica moderada, favorecendo a oxidação de gorduras e benefícios cardiovasculares.

A continuidade do movimento e a respiração controlada durante as rodas promovem um estado ideal da Zona 2.

Samba de Roda e Maracatu (Brasil):

Essas danças afro-brasileiras tradicionais envolvem movimentos corporais contínuos e rítmicos, com intensidade suficiente para manter o corpo em uma zona de esforço moderado.

2. Rituais Ameríndios Baseados em Movimentos

Torés (Indígenas do Nordeste do Brasil):

O Toré é um ritual de dança e canto realizado por diversos povos indígenas brasileiros. Ele combina movimentos rítmicos e contínuos com respiração sincronizada, permitindo que os participantes permaneçam em uma intensidade aeróbica moderada.

Dança da Chuva e Dança do Sol (Povos Nativos das Américas):

Essas danças cerimoniais envolvem movimentos cíclicos e prolongados, executados em um ritmo controlado e contínuo, o que se alinha aos parâmetros da Zona 2.

O esforço prolongado é muitas vezes combinado com um estado meditativo e espiritual, que também reduz a percepção de esforço.

3. Caminhadas Cerimoniais

Peregrinações e Caminhadas Espirituais (Ameríndios e Afrodescendentes):

Caminhadas rituais realizadas em ritmos moderados, como as práticas de conexão com a natureza ou deslocamentos em grupo em territórios sagrados, mantêm os participantes em um estado de atividade física correspondente à Zona 2.

Exemplos incluem caminhadas em círculos em torno de locais sagrados ou o percurso de trajetos tradicionais indígenas.

4. Rituais de Percussão e Canto

Candomblé e Umbanda (Afrodescendentes):

Muitos rituais envolvem danças rítmicas e sustentadas ao som de atabaques, mantendo uma intensidade aeróbica moderada por períodos prolongados.

O ritmo constante e os movimentos sincronizados com a música promovem a respiração controlada e um estado de esforço físico na Zona 2.

Rituais de Tambor (Ameríndios e Afrodescendentes):

Práticas que combinam percussão, canto e movimentos rítmicos, como danças em grupo ao redor de fogueiras, ajudam a manter o corpo ativo em uma intensidade moderada.

5. Práticas de Resistência e Conexão Espiritual

Corrida de Toro Candil (Povos Indígenas da América Latina):

Essa prática de corrida em grupo, realizada em trilhas ou caminhos sagrados, é caracterizada por um ritmo constante e moderado, ideal para a Zona 2.

A corrida é frequentemente acompanhada de cantos e preces, promovendo um estado de foco e conexão espiritual.

Círculos de Dança e Movimentos Tribais:


Muitos povos indígenas das Américas realizam rituais de longa duração em círculos, combinando danças e deslocamentos lentos, o que mantém a intensidade na Zona 2.


Outro Ritual importante relacionado com a inibição do mTOR e mitigação da incidencia de Diabetes Tipo 2 é o Jejum interemitente.


O padrão de jejum intermitente observado no
Reahu Yanomami atua em várias frentes para prevenir o desenvolvimento do diabetes tipo 2:

  1. Melhorando a sensibilidade à insulina.

  2. Estabilizando os níveis de glicose no sangue.

  3. Reduzindo a inflamação e promovendo a autofagia celular.

  4. Regulando o peso corporal e a gordura visceral.

Esses mecanismos tornam práticas como o Reahu uma demonstração de como rituais tradicionais podem ter benefícios não intencionais na saúde metabólica, oferecendo lições valiosas para estratégias preventivas na modernidade.

Diversos rituais ameríndios e afrodescendentes envolvem práticas de jejum ou controle alimentar que podem ter impactos positivos na saúde metabólica, incluindo a prevenção e o manejo do diabetes tipo 2. Aqui estão alguns exemplos:


1. Rituais Ameríndios

1.1. Ayahuasca (Amazônia)

  • Jejum pré-ritual: Antes da ingestão da ayahuasca, é comum os participantes seguirem uma dieta restrita (geralmente sem sal, açúcar, carne e gorduras) ou realizarem um jejum completo por 24 a 48 horas.

  • Impacto metabólico: Essa prática reduz os níveis de glicose no sangue e melhora a sensibilidade à insulina, enquanto a purificação emocional e espiritual diminui o estresse, um fator que pode piorar o controle glicêmico.

1.2. Rituais de Sol e Lua (Povos Andinos)

  • Envolvem períodos de jejum diurno em conexão com o sol ou a lua, onde o alimento é consumido apenas ao amanhecer ou ao pôr do sol.

  • Impacto metabólico: Esses ciclos de restrição alimentar regulam os níveis de insulina e glicose, promovendo a autofagia e o reparo celular.

1.3. Vigílias de Jejum (Povos Guarani)

  • Antes de grandes cerimônias espirituais, como a Opygua, é comum os Guarani realizarem jejum acompanhado de cantos e orações.

  • Impacto metabólico: Esse jejum induz a queima de gordura como fonte de energia, reduzindo o acúmulo de gordura visceral e promovendo a saúde metabólica.


2. Rituais Afrodescendentes

2.1. Oferendas e Restrições Alimentares (Candomblé e Umbanda)

  • Jejuns pré-rituais: Muitos praticantes de Candomblé e Umbanda realizam jejuns antes de iniciações ou oferendas, abstendo-se de alimentos específicos, como carne ou alimentos processados.

  • Impacto metabólico: A prática melhora a regulação da glicemia e incentiva um estilo de vida menos dependente de alimentos processados, ricos em açúcares.

2.2. Rituais de Purificação com Água

  • Em práticas como o Ebó de Limpeza, jejuns são acompanhados de consumo ritualístico de água e ervas medicinais.

  • Impacto metabólico: Reduzem o consumo calórico total e promovem hidratação, auxiliando no controle de peso e inflamação sistêmica.

2.3. Rituais de Louvor e Dança

  • Embora não seja um jejum completo, há rituais de dança prolongada em estados de jejum ou após uma alimentação leve (ex.: Capoeira e Samba de Roda em contextos espirituais).

  • Impacto metabólico: A combinação de jejum e atividade física moderada aumenta a sensibilidade à insulina e promove o metabolismo de gorduras.


3. Rituais Mistos ou Práticas Sincréticas

3.1. Jejuns nas Práticas Sincréticas (Ex.: Batuque ou Tambor de Mina)

  • Nas práticas que combinam influências africanas, indígenas e cristãs, como o Tambor de Mina, o jejum é muitas vezes incorporado como preparação para eventos espirituais.

  • Impacto metabólico: Essas práticas podem induzir benefícios metabólicos semelhantes ao jejum intermitente moderno.


4. Práticas de Conexão com a Natureza

4.1. Retiro de Jejum em Florestas (Yanomami e Outros Povos)

  • Jejuns prolongados em conexão com a floresta ou durante rituais de caça, como nos povos Yanomami ou Tukano.

  • Impacto metabólico: Envolvem restrição calórica e aumento da atividade física leve, promovendo controle glicêmico.

4.2. Caminhadas Ritualísticas em Jejum

  • Práticas como peregrinações realizadas em jejum, especialmente entre os povos indígenas andinos, estimulam a queima de gordura e a melhoria do metabolismo.


Conclusão

Os rituais ameríndios e afrodescendentes que incluem jejuns (como o consumo ritualístico de ayahuasca, o jejum no Candomblé, ou os jejuns nas cerimônias Guarani) têm o potencial de:

  1. Melhorar a sensibilidade à insulina.

  2. Promover a autofagia celular.

  3. Reduzir o acúmulo de gordura visceral.

  4. Diminuir a inflamação sistêmica.

Essas práticas tradicionais demonstram como cultura e espiritualidade podem se alinhar com benefícios metabólicos, podendo ser uma inspiração para estratégias modernas de prevenção do diabetes tipo 2.

 
** Variaveis Tempo de Tela (Internet, Games, Celular, Redes Sociais, etc), Alimentação, Educação e Exercícios devem ser abordadas em conjunto. 
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